quarta-feira, 9 de abril de 2008

Feliz Ano Novo

Sempre espero os anos novos com ansiedade, mas não é pressa de me livrar do que passou, porque há algum tempo eu aprendi a engolir e digerir e aceitar e encarar... aprendi que se o vento quer me levar pro norte, vamos, espera só eu arrumar minha mochila que cada vez ta mais leve.

Já percebi que as cicatrizes do meu joelho, por mais que eu cresça não vão sumir, mas pra que, elas não doem e me rendem ótimas historias, como a vez que pulei do telhado com o saco do supermercado nas costas. As da alma também... Elas dão sabor.

Eu não vou parar, bobagem, decidi que vou descer até o chão enquanto tiver musica, o copo pode secar, o cabelo ficar assanhado e o vestido não estar mais no lugar há tempos, não vou parar.

Que venha, eu quero [over]doses de vida, do jeito que for, cor de rosa ou cinza, vou do oito ao oitenta, eu agüento, quero mais, covardia é pedir pra parar o mundo pra poder descer. Enquanto o parque estiver funcionando eu vou lá todo dia, posso não ir de montanha russa sempre, mas nem que seja no carrossel eu ando.